
Como sempre, tudo o que dela vem é impecável. Como sempre, nunca é excepcional, o que é algo que não fica mal a quem detém uma das mais perfeitas e seguras vozes da actualidade.
Que o diga o Berklee College of Music e a Manhattan School of Music - que a tiveram como docente, que o diga Maria Schneider - que sempre conta com ela para as prestações vocais. "Tide" não é um álbum excepcional, afinal, como ele própria diz, trata-se de um conjunto de "(...) rather simple songs".
Mas o que dizer de alguém que canta com meio mundo - Herbie Hancock, Paul Simon, Hermeto Pascoal (de quem é afilhada), ou a Boston Symphony Orchestra, a Los Angeles Philharmonic, a New York Philharmonic? Só bem, diria eu.
"Tide". Ouvi o álbum todo e é apenas isso - um conjunto de músicos excepcionais a fazer música com o melhor dos gostos.
Ou, como diz Luciana Souza, "(...) really rather simple songs".