
Há já muito, muito tempo, a minha filha começou a perguntar-me quando é que afinal teremos cá em casa um dos tais computadores a que, caso o quisessem, as crianças em Portugal poderiam vir a ter acesso.
Mais de um ano passou e alguns milhares de crianças portuguesas - e muitas outras venezuelanas - receberam os seus "Magalhães". Cá por casa, nada.
Na edição online do Público leio hoje que, de acordo com uma fonte do Plano Tecnológico da Educação (PTE), "
A manutenção dos programas e-escolinhas e e-escola, que permitem aos alunos comprar um computador com ligação à Internet - o famoso Magalhães para os estudantes do 1.º ciclo e os portáteis para os restantes, do 2.º ciclo ao secundário -, está dependente dos resultados das eleições legislativas e de quem será o novo Governo".
Assim, quando a minha filha me voltar a questionar sobre este assunto dir-lhe-ei a verdade, sem rodeios, que mesmo que não a compreenda agora, lhe permitirá mais facilmente vir a perceber as "verdades" da política.
E nós, os mais velhos, compreendemos assim melhor como é que cedo se começa a instalar a descrença nos políticos.