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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Lura




Três discos editados e só agora a conheci.



O quarto disco acaba de ser lançado e está no 13º lugar do top europeu de world music.




Um disco - "Eclipse" - de produção cuidadíssima e com variedade de estilos mais do que suficiente para agradar a muitos. Para quem, como eu, não relacionava o nome Lura com coisa nenhuma, aqui está esta pista.

Lura - Ponciana

segunda-feira, 30 de março de 2009

Brrrlak!

Esta mulher é um mundo. Pela música ligou o Congo à Bélgica, as vocalizações dos pigmeus ao hip-hop, a Europa ao Mundo e fechou o círculo revisitando as origens em África.

Fugiu à morte em pequena, sentiu a diferença da cor, fechou-se em casa para aprender e depois saiu para nos dar as Zap Mama. E estas (ou algumas destas) já deram frutos ao juntarem-se a Tony Allen, Erykah Badu, Me'Shell NdegéOcello, Ladysmith Black Mambazo, Sérgio Mendes ou ao Joe Zawinul Syndicate (como no caso da maravilhosa Sabine Kabongo).

Esta mulher faz obstinadamente boa música. Chama-se Marie Daulne, é belga e o seu nome confunde-se com as próprias Zap Mama.

Do primeiro álbum, de 1991, (comprei-o ainda editado pela belga Crammed) o clássico Brrrlak!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Isicathamiya

Canto a capella, polifonia da África austral, música do mundo, todos são gostos antigos.

E este tema também, solene e forte de mais para hoje lhe resistir.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mama Africa

Zenzile Makeba Qgwashu Nguvama Yiketheli Nxgowa Bantana Balomzi Xa Ufun Ubajabulisa Ubaphekeli Mbiza Yotshwala Sithi Xa Saku Qgiba Ukutja Sithathe Izitsha Sizi Khabe Singama Lawu Singama Qgwashu Singama Nqamla Nqgithi.

Era este o seu nome completo.

Ou, mais simplesmente, Miriam Makeba.

Conhecida por "
Mama Africa" ou "Empress of African Song".

Miriam morreu ontem, em Nápoles, após um concerto de apoio à luta contra o crime organizado.

Foi assim que ela viveu, empenhada e a lutar por causas. Foi assim que ela morreu, ontem à noite, após sair do palco.

Não voltou para o encore.



domingo, 23 de março de 2008

mbube

Solomon Linda nasceu em 1909 na província de KwaZulu-Natal, na África do Sul e morreu em 1962, na mais profunda miséria, sem que a sua família tivesse sequer dinheiro para lhe mandar fazer uma campa.

Como boa parte dos negros de fora das grandes cidades, Linda trocou nos anos 30 a vida rural por trabalho em Joanesbugo. Levando consigo a herança musical dos Zulus foi aí que veio a juntar-se a outros migrantes com quem formou o grupo “The Evening Birds”.

Criando o seu próprio estilo a capella rapidamente ganharam fama e um dos que neles reparou foi Eric Gallo, dono do estúdio onde nos anos 30 os negros iam gravar a sua música nas suas línguas originais. Foi Gallo que em 1938 produziu várias sessões para a Gallo Records e foi numa delas que o grupo gravou “Mbube” (‘leão’, em zulu), cuja letra recordava as experiências da infância protegendo o gado dos ataques de leões.



Estando os negros impedidos pelo regime de receber direitos de autor, Solomon Linda vendeu a canção à Gallo Records por 10 shillings. Tornado num êxito local, este disco de 78 rmp vendeu mais de 100.000 cópias até que em 1948 chegou ao conhecimento de Pete Seeger.

Este, conjuntamente com o seu grupo “The Weavers”, resolve adaptar a música e - por confessa incapacidade de compreender a letra original - chama-lhe então "Wimoweh".



A popularidade da música continua a crescer e em 1962, após receber uma nova letra de George D. Weiss, atinge o topo de vendas na América na versão dos “The Tokens”. Chamava-se agora "The Lion Sleeps Tonight" e é nesse ano que morre Solomon Linda.



Finalmente (?), surge nos anos 90 o filme da Disney “The Lion King” e a popularidade da canção (e a sua receita) dispara para níveis não imaginados.

Estima-se que “Mbube” tenha rendido 15 milhões de dólares apenas pelo seu uso em “The Lion King”, tendo sido gravada por Jimmy Dorsey, The Tremeloes, Brian Eno, They Might Be Giants, Miriam Makeba, R.E.M., Chet Atkins, The Nylons, Manu Dibango, James Last, Henri Salvador, Salif Keita e muitos outros.

Solomon Linda morreu aos 53 anos, sem que tivesse recebido um cêntimo de ‘royalties’. Em 2006 foi estabelecida uma sentença judicial impondo o pagamento de direitos de autor aos herdeiros de Solomon Linda.