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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Mingus

De saída para a Mingus Big Band. Espera-se hoje grande música em Leiria.

Trumpets:
- Greg Gisbert
- Avishai Cohen
- Tatum Greenblatt

Saxophones:
- Craig Handy
- Seamus Blake
- Scott Robinson
- Wayne Escoffery
- Jason Marshall

Trombones:
- Ku-umba Frank Lacy
- Conrad Herwig
- Earl McIntyre

Bass: Boris Kozlov
Piano: Kenny Drew Jr.
Drums: Donald Edwards

terça-feira, 23 de junho de 2009

O Bruxo (II)

(fj) Hermeto Pascoal (com sanfona de oito baixos, gaita-ponto ou pé de bode), Sever do Vouga, Junho de 2009


Foi uma grande noite, o meu segundo encontro com o mestre. O primeiro tinha sido no TAGV, em Coimbra, no formato Hermeto Pascoal & Grupo. Na altura foi sofisticado e completo - o Hermeto, com tudo aquilo a que nos dá direito.

Desta vez foi Hermeto Pascoal e Aline Morena (tão geralmente desconcertante quanto poderosa). O Hermeto assim é mais simples, menos variado, mas continua a ser "o Bruxo", capaz de nos tocar como mais nenhum músico o faz com o seu público.

Não há muito para dizer sobre o Hermeto que não tenha sido dito (fez ontem 73 anos, já muito se escreveu sobre ele). O que me importa dizer é que ele conserva o poder de, em qualquer altura, virar um concerto e oferecer momentos mágicos, de ouro.

Grande noite, sim, isso mesmo.

Impossível não sentir falta de Hermeto e Elis, em Montreux.

Impossível não sentir um arrepio.



segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Bruxo

Da obra-prima de 1977, 'Slaves Mass' de Hermeto Pascoal, "Little Cry For Him (Chorinho Pra Ele)"



E agora, vale muito a pena ler isto.

E isto.

















































Obrigado Hermeto, por toda a música, por tudo o que você é e por tudo o que nos dá!

Dia 19 de Junho, uma vez mais, nos encontraremos.

terça-feira, 10 de março de 2009

Footprints

Andamos muitos a seguir-lhe as pisadas, há muitos anos.

O que com ele aprendemos está ainda por perceber e a felicidade pura que nos deu (e dá) não se esgota nem cabe aqui.

Amanhã continuaremos a seguir-lhe as pisadas, até ao Porto.

Wayne Shorter 4et
11 de Março, Casa da Música, Porto
Danilo Perez (p), John Patitucci (cb), Brian Blade (bt)

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domingo, 11 de janeiro de 2009

Vamos ao Porto



De um dos álbuns maiores, de um dos maiores da música portuguesa, a propósito da vinda a Portugal de um dos maiores do jazz.

Wayne Shorter 4et, 11 de Março, Casa da Música, Porto
Danilo Perez (p), John Patitucci (cb), Brian Blade (bt)

Lá iremos.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sombras (II)

O concerto de domingo de John Abercrombie – com a mesma formação dos anos recentes, mas com Thomas Morgan no lugar de Marc Johnson – tinha tudo para deliciar a pequena horda de fiéis que vieram ver um dos músicos mais emblemáticos da ECM.

(fj) John Abercrombie, Marinha Grande, Setembro de 2008

Em vez disso e ao invés de ter proporcionado um conc
erto que poderia ter sido memorável, a pouca (pouquíssima) gente e a proximidade dos músicos permitiu afinal perceber o mau humor e o enfado que estiveram em palco.

Para além de alguns momentos claros de demonstração da classe e do génio de Abercrombie, sobressaiu a criatividade e o talento de Joey Baron. Este baterista tem recursos e talento em abundância - a atestá-lo está a lista de inúmeros nomes com quem tocou!

(fj) Joey Baron, Marinha Grande, Setembro de 2008

Pelas suas próprias palavras se percebe a diferença de que falo:
he is known for his technique, his humor, and his feel. he once said that context shouldn't matter when hearing music - that the music itself should be enough to move you if you like it.

(fj) Joey Baron, Marinha Grande, Setembro de 2008

Bom, talvez não seja tanto assim mas, seja como for, a ocasião valeu por ele. Ainda assim, um concerto que foi uma sombra do que poderia ter sido.

Sombras (I)

O último fim-de-semana trouxe concertos de nomes grandes do jazz. No sábado foi Tom Harrell, em quinteto – Tom Harrell (trompete; fliscorne), Wayne Escoffery (saxofone tenor), Danny Grissett (piano; Fender Rhodes), Ugonna Okegwo (contrabaixo) e Jonathan Blake (bateria).

(fj) Tom Harrel, Leiria, Setembro de 2008

É impossível ver-se um concerto de Harrell e ignorar a doença que o atormenta. O peso que ele carrega é evidente e parece ser apenas aliviado pela excelência de cada intervenção sua.

No entanto, considerando a sua condição, é também impossível não ficar surpreendido – e satisfeito – com o carácter da sua música! De facto, as composições de Tom Harrell possuem uma jovialidade e um vigor notáveis.

Serviu-me este concerto para conhecer Jonathan Blake, baterista brilhante que propulsionou todo o concerto e o decorou com o melhor dos gostos.

(fj) Jonathan Blake / Tom Harrel, Leiria, Setembro de 2008

Ao peso da doença, Tom Harrell verga-se e parece recolher-se após cada intervenção. Mas percebe-se que não está ausente, pelo contrário, está vigilante e consciente do que o rodeia, como quem fica à escuta, na sombra.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Milagres

Aqui está a música a operar um milagre, de cada vez que Tom Harrell leva o trompete à boca. Breve, é certo, mas um milagre. Ao mesmo tempo é belo, perturbador e tocante.

Sem dúvida, outro milagre é poder vê-lo, ao lado de casa, por 10 euros.
Tenho de tornar-me mais crente.

Quinteto de Tom Harrell, dia 27 de Setembro, em Leiria.
(Tom Harrell, Wayne Escoffery, Danny Grissett, Ugonna Okegwo, Johnathan Blake)

Ainda há bilhetes, é aproveitar!


domingo, 21 de setembro de 2008

Fly trio

O concerto acabou há pouco. Até posso dizer que já ouvi melhor música, mas estes tipos sabem tanto!

E o Larry Grenadier e o Jeff Ballard conhecem-se tão bem. Que o diga o Brad Mehldau.

domingo, 7 de setembro de 2008

Volta jazz

Uma vez por ano volta o jazz a Leiria com o Festival de Jazz da Alta Estremadura. Desta vez com mais diversidade e, espera-se, qualidade. Entre os portugueses, a novidade é este ano Marta Hugon, cujo primeiro disco me convenceu.

Dos estrangeiros não vale a pena destacar nenhum. Antes, será de referi-los a todos:

20 de Setembro / 22.00h
"FLY" - Mark Turner, Larry Grenadier, Jeff Ballard

27 de Setembro / 22.00h

Tom Harrell Quintet - Tom Harrell, Wayne Escoffery, Danny Grissett, Ugonna Okegwo, Johnathan Blake
(músico e personalidade incríveis, o 'CBS 60 Minutes' dedicou-lhe um interessantíssimo documentário que é difícil esquecer; com uma fantástica secção rítmica, este é um concerto do qual espero o melhor!)

28 de Setembro / 22.00h
John Abercrombie "The Third Quartet", c/ Mark Feldman, Thomas Morgan, Joey Baron

Sejam pois todos muito bem-vindos!

domingo, 29 de junho de 2008

Dá-me música!

Para dizer que o vi ontem em Alcobaça, o da direita, claro, que o da esquerda já não se vê.

Quando o Kenny Garrett tocava com o Miles (na altura em que este tocou em Lisboa pela última vez), era disto que ele nos dava: Música!

Ontem não foi tanto assim. Foi menos música e mais "happening", foi interacção com o público até ao limite do possível. Dispensável em termos musicais embora curiosíssimo como evento.

Aqui um registo dele, "
a dar música" ao mestre bruxo.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

saravá

Já lá vão quase duas semanas sem que tenha aqui dado conta do concerto que vi do Joel Xavier.

O Joel tem novo disco – “saravá”! Embora a apresentação esteja marcada só para Maio, no Teatro da Trindade em Lisboa, ele já
anda por aí, país afora, espalhando proactivamente a boa nova (ahh,... como eu gosto do jargão tecnocrático, dá-nos um ar sempre tão credível!).

Ao que interessa: o novo álbum e concerto assentam num trio: ele, armado de Gibson ES175, + um baixo 5 string fretless + uma bateria minimalista (ver comentários mais à frente). Como sugerido pelo título, todo o álbum é inspirado na música e ritmos brasileiros/africanos.

O Joel é simpático, toca bem, e sobre isso estamos esclarecidos. Já lhe comprei dois discos (destaque para Lusitano, com Richard Galliano) e para além das qualidades evidentes atestam a seu favor as colaborações abundantes com “pesos pesados” do jazz do mundo.

Através dos previews que tinha procurado antes do concerto tinha ficado já com uma ou duas impressões:

Impressão primeira: o Joel é rápido mas não deve (não precisa de) continuar a querer demonstrá-lo e a fazer disso cavalo de batalha. Até porque a rapidez dele é frequentemente trapalhona. Em tempos menos rápidos ou em notas que vão até às 1/16ths, tudo vai bem. A partir daí perde-se ele e, por arrasto, a definição das notas e o tino do discurso.

Impressão segunda: o Joel é rápido e tem um scat excelente. Mas é de notar como a beleza e a consistência do fraseado só se sentem verdadeiramente quando passa do solo simples para o solo+scat. Que diferença! Ao “cantar”, o discurso passa a ser bonito e consistente. Inesperado, mas com uma lógica construtiva.

Impressão extra: o Joel faz-se acompanhar por uma secção rítmica de brasileiros residentes em Portugal (mais uma). Se por um lado o baixista (Gustavo Roriz) me deixou indiferente, por outro é necessário lançar aqui um alerta acerca do baterista!

Este indivíduo – Milton Batera – requer toda a atenção e deve passar a ser vigiado de perto. Em primeiro lugar ele aparenta modéstia, recorrendo a um set de bateria minimalista: além do bombo, da tarola e dos pratos de choque, utiliza 1 tambor (um). De resto tem 2 pratos - 1 ride e 1 crash - mais um ou outro artefacto de percussão.

Mas não vos deixais iludir! Este homem sabe preencher a música com uma subtileza notável, ao mesmo tempo que, se necessário, se torna numa locomotiva, numa quase completa “bateria” de percussões de escola de samba.

Em resumo, concerto é sempre concerto, mas continuo a preferir o álbum Lusitano, agora enriquecido pela dedicatória do próprio Joel, aposta precisamente sobre a cara do pobre Galliano...

Continuo a lamentar não o ter visto no ano passado na Figueira, com o Ron Carter. Shame on me...

segunda-feira, 17 de março de 2008

Dar e receber

Estivemos ontem em Alcobaça, alguns amigos, outros conhecidos e, claro, uma pequena multidão que lá foi para ver Stacey Kent, no nem-muito-pequeno-nem-muito-grande Cine Teatro, de tamanho e conforto q.b. para concertos deste género.

O concerto de Stacey Kent é um daqueles casos em que o todo é claramente superior à soma das partes. Já aqui escrevi que a voz dela nunca seria a minha primeira escolha. Jim Tomlinson, seu marido, é um saxofonista razoável, com um timbre que me agrada, mas não mais do que isso. O trio que os acompanha - piano, contrabaixo, bateria - fica claramente aquém do desejável e, estritamente do ponto de vista técnico e de execução, é bem melhor o conteúdo do CD do que o som ao vivo.

O que faz então com que eu e mais não sei quantas pequenas multidões por esse mundo comprem os discos e vão aos seus concertos?

Percebi-o ontem, é apenas para receber. Isto porque Stacey Kent nos oferece um conjunto de músicas adoráveis, com uma interpretação notável, num todo que é simplesmente muito bom. Isto aliado a um poder de comunicação e uma entrega ao público admiráveis.

Para além do que deu durante o concerto ofereceu ainda três encores. Sem falsas modéstias ou pretensões de pôr o público a implorar regressos ao palco.

Para retribuir dei-lhe um cumprimento, comprei-lhe um disco, pedi-lhe um autógrafo e roubei-lhe uma fotografia.

(fj) Alcobaça, Março de 2008

segunda-feira, 10 de março de 2008

Should I stay or should I go (I guess I'll go)

Para aqueles que ainda não a conhecem ou têm dúvidas acerca dela, duas canções lindíssimas pela Stacey Kent. Daquelas pelas quais o tempo não passa.

E por estas já passou muito!

1925, Manhattan
(Richard Rodgers/Lorenz Hart)



1968, So Many Stars
(Sérgio Mendes & Brasil '66, Alan Bergman, Marilyn Bergman)

sexta-feira, 7 de março de 2008

Should I stay or should I go

Tenho de o dizer, está longe de ter o tipo de voz que prefiro. Mas há um conjunto de coisas nela – a interpretação, a dicção muito particular, o repertório e, globalmente, a qualidade musical dos seus discos – que fazem com que seja uma daquelas vozes que, por norma, sempre me agrada ouvir.

Na próxima semana fará um périplo por Portugal: Porto, Açores, Lisboa e, no dia 15, Alcobaça. O que me está a fazer ponderar a possibilidade de ensaiar uma fuga para lá ir.

A ver vamos.

Stacey Kent