Ao início fiquei surpreendido. Pior, céptico. Victoria Abril a cantar bossa com Rosa Passos?
Bom... pois a mim parece-me bem!
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sexta-feira, 2 de julho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Atenção, muita atenção

1. Primeiro álbum do Ivan Lins com orquestra.
2. A orquestra é a Metropole Orchestra, aquela que provavelmente terá hoje em dia a melhor nota global, entre qualidade, diversidade e a quantidade de trabalho produzido.
3. Os arranjos (a maior parte) e a direcção são de Vince Mendoza, pois claro.
4. Uma das faixas - "O Fado" - foi composta por Paulo de Carvalho e Dulce Pontes e é cantada por Paulo de Carvalho e Ivan Lins.
5. O álbum está nomeado para um Latin Grammy Award na categoria "Best MPB Album".
Chega, há mais, mas estes são já factores de sobra para motivar uma audição e uma compra inevitável.
Vamos à audição. Primeiro "O Fado", claro, e depois um tema poderosíssimo, - "Ai, Ai, Ai, Ai, Ai" - com toda a Metropole a levar a música em ombros e a fazer com ela uma festa.
Uma pura e extraordinária conjugação de talentos, trata-se evidentemente de um disco imperdível.
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quinta-feira, 25 de junho de 2009
(...) rather simple songs

Como sempre, tudo o que dela vem é impecável. Como sempre, nunca é excepcional, o que é algo que não fica mal a quem detém uma das mais perfeitas e seguras vozes da actualidade.
Que o diga o Berklee College of Music e a Manhattan School of Music - que a tiveram como docente, que o diga Maria Schneider - que sempre conta com ela para as prestações vocais. "Tide" não é um álbum excepcional, afinal, como ele própria diz, trata-se de um conjunto de "(...) rather simple songs".
Mas o que dizer de alguém que canta com meio mundo - Herbie Hancock, Paul Simon, Hermeto Pascoal (de quem é afilhada), ou a Boston Symphony Orchestra, a Los Angeles Philharmonic, a New York Philharmonic? Só bem, diria eu.
"Tide". Ouvi o álbum todo e é apenas isso - um conjunto de músicos excepcionais a fazer música com o melhor dos gostos.
Ou, como diz Luciana Souza, "(...) really rather simple songs".
terça-feira, 23 de junho de 2009
O Bruxo (II)

Foi uma grande noite, o meu segundo encontro com o mestre. O primeiro tinha sido no TAGV, em Coimbra, no formato Hermeto Pascoal & Grupo. Na altura foi sofisticado e completo - o Hermeto, com tudo aquilo a que nos dá direito.
Desta vez foi Hermeto Pascoal e Aline Morena (tão geralmente desconcertante quanto poderosa). O Hermeto assim é mais simples, menos variado, mas continua a ser "o Bruxo", capaz de nos tocar como mais nenhum músico o faz com o seu público.
Não há muito para dizer sobre o Hermeto que não tenha sido dito (fez ontem 73 anos, já muito se escreveu sobre ele). O que me importa dizer é que ele conserva o poder de, em qualquer altura, virar um concerto e oferecer momentos mágicos, de ouro.
Grande noite, sim, isso mesmo.
Impossível não sentir falta de Hermeto e Elis, em Montreux.
Impossível não sentir um arrepio.
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terça-feira, 19 de maio de 2009
Regresso (e às origens)

E as guitarras secas e (quase) nuas quase voltam às origens.
Sem Cais (Caetano Veloso, zii e zie, 2009)
Catei colo
E o mar parou
Fui deitando
Pra perguntar
Nome, bairro
Amigo, amor
De onde vem o
Parar o mar
Seu sorriso
Bateu aqui
Inda posso
Me apaixonar
Quero tanto
Quero tanto
Quero tanto
Quero tanto você
Mar aberto
Mar adentro
Mar imenso
Mar intenso
Sem cais
Tou com medo
Tou com medo
Tou com medo
Tou com medo de ver
Que inda posso
Que inda posso
Que inda posso
Que inda posso ir bem mais
Barra, Gávea
E Arpoador
Deuses brancos
De luz do mar
Deuses negros
Um esplendor
Quem é essa
E o que será
Quem me dera
Eu poder me dar
Todo a essa
Que eu nunca vi
sexta-feira, 6 de março de 2009
Deslumbramentos – Trilogia - 1 de 3, começando pelo fim

Ah, pois, a tal voz... Mônica Salmaso.
Directo ao assunto: a qualidade da voz de Mônica Salmaso, a consistência e o requinte da obra que já reuniu (tem 5 CD's em nome próprio, 1 CD em parceria com Paulo Bellinati, 2 CD's com a Orquestra Popular de Câmara, para além de inúmeras participações) são monumentais!
Há três meses atrás não tinha sequer ouvido falar nela (conheci-a através do documentário "Vinicius", de Miguel Faria Jr.). Hoje, admito ou subscrevo várias das opiniões da crítica: “sheer beauty”, "gorgeous, quintessentially Brazilian voice", "one of the best voices to come out of the prolific Brazilian music scene in a long time", "the most pure singer in Brazil today". E outras do género.
Sejamos francos, alguém consegue ainda estar indiferente quando chega ao último acorde do piano nesta versão de “Ave Maria No Morro”?
Mônica Salmaso nasceu em 1971, em São Paulo. Ganhou vários prémios de relevo no Brasil, entre os quais vários como melhor voz a nível nacional. O primeiro CD da sua carreira é precisamente “Afro-Sambas” de 1995, uma obra de qualidade e de interesse enormes. Em parceria com o enorme guitarrista que é Paulo Bellinati, este álbum reune pela primeira vez todos os afro-sambas compostos por Baden Powell e Vinicius de Moraes.

No álbum “Noites de Gala, Samba na Rua”, de 2007, Mônica percorre desta vez uma boa parte do cancioneiro de Chico Buarque. A competência dos músicos que a acompanham levam-na a reconstruir superiormente os temas nossos conhecidos. Como este, “Construção”.
Desde que a conheci, Mônica Salmaso deu-me a conhecer grupos como a Orquestra Popular de Câmara ou o Quinteto Sujeito a Guincho. Mas acima de tudo continua, em nome próprio, a proporcionar-me horas a fio de puro deslumbramento musical. Como aqui, em “Joana Francesa”, imperdível!
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(e a fechar, é impossível não ver esta delícia de apresentação da banda)
quarta-feira, 4 de março de 2009
Deslumbramentos – Trilogia - 2 de 3, começando pelo fim
Subindo mais um lugar na classificação, chego à descoberta mais singular que recentemente fiz.
Acerca do clarinete há um aspecto conhecido dos músicos e que é particularmente temido pelos próprios clarinetistas. O guincho!
O guincho do clarinete é uma ameaça que paira em permanência sobre a reputação de qualquer clarinetista. Ocorre de forma intempestiva e quase sempre imprevisível. O guincho resulta da conjugação do accionamento das diferentes chaves do instrumento com o sopro que é aplicado sobre a palheta. Diz-se que nem o próprio Benny Goodman lhe escapou, tendo uma vez "guinchado" – certamente de forma brilhante – ao interpretar "Rhapsody in Blue" com a orquestra da NBC, a convite do maestro que então a dirigia, Arturo Toscanini. Mauzito, portanto...!
A ideia de chamar “Sujeito a Guincho” a um grupo de clarinetes é por isso apropriada. E assim cheguei ao Quinteto Sujeito a Guincho, uma vez mais por via da TAL voz, a tal de quem falarei mais tarde.
Aqui está o tema "Cidade Lagoa", um samba-choro que terá sido composto na década de 50 ou no início da década de 60, cuja letra se desenrola ao sabor da música com uma deliciosa ironia. Ao ouvir este arranjo pela primeira vez tive de parar, escutar e perceber que se trata apenas de cinco clarinetes e uma voz!
Não consigo escutar esta versão sem parar para perceber a complexa beleza do arranjo e sem esboçar um sorriso perante os sucessivos comentários bem-humorados e jocosos dos clarinetes. Um portento!
Já lhes conheço vários arranjos interessantíssimos (um deles imitando o som de pipocas a rebentar dentro de um microondas - 'The Microwave Popcorn'). Mas vale a pena referir aqui mais um, o arranjo feito pelo grupo para o Hino Nacional do Brasil.
Se todos os hinos nacionais assim fossem bem tratados, que prazer seria assistir a cerimónias oficiais!
(ahhh... pois, a tal voz... a ela aqui voltarei)
Acerca do clarinete há um aspecto conhecido dos músicos e que é particularmente temido pelos próprios clarinetistas. O guincho!
O guincho do clarinete é uma ameaça que paira em permanência sobre a reputação de qualquer clarinetista. Ocorre de forma intempestiva e quase sempre imprevisível. O guincho resulta da conjugação do accionamento das diferentes chaves do instrumento com o sopro que é aplicado sobre a palheta. Diz-se que nem o próprio Benny Goodman lhe escapou, tendo uma vez "guinchado" – certamente de forma brilhante – ao interpretar "Rhapsody in Blue" com a orquestra da NBC, a convite do maestro que então a dirigia, Arturo Toscanini. Mauzito, portanto...!
Aqui está o tema "Cidade Lagoa", um samba-choro que terá sido composto na década de 50 ou no início da década de 60, cuja letra se desenrola ao sabor da música com uma deliciosa ironia. Ao ouvir este arranjo pela primeira vez tive de parar, escutar e perceber que se trata apenas de cinco clarinetes e uma voz!
Não consigo escutar esta versão sem parar para perceber a complexa beleza do arranjo e sem esboçar um sorriso perante os sucessivos comentários bem-humorados e jocosos dos clarinetes. Um portento!
Já lhes conheço vários arranjos interessantíssimos (um deles imitando o som de pipocas a rebentar dentro de um microondas - 'The Microwave Popcorn'). Mas vale a pena referir aqui mais um, o arranjo feito pelo grupo para o Hino Nacional do Brasil.
Se todos os hinos nacionais assim fossem bem tratados, que prazer seria assistir a cerimónias oficiais!
(ahhh... pois, a tal voz... a ela aqui voltarei)
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terça-feira, 3 de março de 2009
Deslumbramentos – Trilogia - 3 de 3, começando pelo fim
Tive em 2008 um deslumbramento musical que, como quase sempre acaba por acontecer, me conduziu a outras descobertas. Neste caso a outras duas. Falarei de todas, a partir do fim, numa espécie de anúncio dos três melhores classificados.
Deste modo, começo por aqui trazer a Orquestra Popular de Câmara.
A Orquestra Popular de Câmara é um agrupamento de músicos de formação clássica, baseados em São Paulo, cuja gama de instrumentos varia entre os clássicos da orquestra (flautas, piano, violoncelos, contrabaixo) e os da música tradicional brasileira (acordeão, viola caipira, bandolins, toda a gama de percussões). Num total de 13 elementos há, a juntar a estes, uma voz absolutamente excepcional. Mas desta falarei mais tarde!
No repertório e na forma de o tocar existe muito de Gismonti e Hermeto. Excelentes indicadores, portanto. Existe também outra referência - Maria Schneider Orquestra & Luciana Souza – à qual, graças à TAL voz, conjugada com a orquestra, é impossível não chegar.
Em resumo, a Orquestra Popular de Câmara mistura com elegância a erudição e um tremendo trabalho de pesquisa e de (re)arranjo dos temas e géneros tradicionais brasileiros. Mas não só, como aqui se demonstra com o clássico ‘Blackbird” de Paul McCartney.
Beleza recriada!
(ahhh... e a tal voz... a ela aqui voltarei)
Deste modo, começo por aqui trazer a Orquestra Popular de Câmara.

No repertório e na forma de o tocar existe muito de Gismonti e Hermeto. Excelentes indicadores, portanto. Existe também outra referência - Maria Schneider Orquestra & Luciana Souza – à qual, graças à TAL voz, conjugada com a orquestra, é impossível não chegar.
Em resumo, a Orquestra Popular de Câmara mistura com elegância a erudição e um tremendo trabalho de pesquisa e de (re)arranjo dos temas e géneros tradicionais brasileiros. Mas não só, como aqui se demonstra com o clássico ‘Blackbird” de Paul McCartney.
Beleza recriada!
(ahhh... e a tal voz... a ela aqui voltarei)
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domingo, 14 de dezembro de 2008
The Beeng of Braseel
Nasceu em 1921, chamaram-lhe Farnésio Dutra e Silva, mas ficou conhecido por Dick Farney. Estudou piano, aprendeu a cantar e tornou-se crooner. Galã e charmoso, apaixonado pela música norte-americana, foi para os Estados Unidos em busca dos seus ídolos - Bing Crosby, Nat King Cole e Frank Sinatra.
Aos 17 anos, Dick Farney era pianista de jazz no Rio de Janeiro. Uma noite, depois de o ouvir, a mãe disse-lhe para esquecer o piano. E foi assim que, graças à sua fantástica voz de barítono, nasceu "the Beeng of Braseel".
Apesar de ser conhecido sobretudo por canções tão deliciosas como Marina, Tereza da Praia ou Copacabana (crédito lhe é devido por ser, também ele, um dos precursores da bossa nova), deixou igualmente gravações em "piano trio".
Não são interpretações excepcionais. São, no entanto, pedaços importantes para se perceber o todo acerca de um dos nomes grandes da música popular brasileira.
Afinal, o jovem Dick não seguiu à letra o conselho da mãe. Do álbum "Concerto de Jazz ao Vivo", de 1973, "Someday My Prince Will Come".

Apesar de ser conhecido sobretudo por canções tão deliciosas como Marina, Tereza da Praia ou Copacabana (crédito lhe é devido por ser, também ele, um dos precursores da bossa nova), deixou igualmente gravações em "piano trio".
Não são interpretações excepcionais. São, no entanto, pedaços importantes para se perceber o todo acerca de um dos nomes grandes da música popular brasileira.
Afinal, o jovem Dick não seguiu à letra o conselho da mãe. Do álbum "Concerto de Jazz ao Vivo", de 1973, "Someday My Prince Will Come".
domingo, 30 de novembro de 2008
Porralouquice e generosidade
Diz-se aqui muito daquilo que sempre senti no Vinicius e nele me atraiu. Por exemplo, a sua candura e a sua maneira de amar - a vida e os outros.
E refere-se também aquilo que, infelizmente, será provavelmente verdade: que seria impossível ter hoje aquele Vinicius. Esse que, em cima de um palco, sentado a uma mesa, nos falava da vida, com uma garrafa à sua frente.
Que pena, caso assim seja. O poeta que melhor compreeendi e o único que chorei.
E depois, como aqui conta Tom Jobim, há coisas destas: a mulher chega a um ponto que quebra garrafa de whisky na pia. Mas não adianta, a gente compra mais...
"Vinicius", documentário de Miguel Faria Jr.
(agradeço informações acerca do seu paradeiro)
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quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Ai ia, ia!
É amanhã (dia 20) a apresentação em Lisboa do novo CD de Till Brönner. Vai ser no Ondajazz e a Maria João é convidada.
'Rio' foi gravado no... Rio, pois claro.
Isso a mim pouco importa. O que me importa é que participam em 'Rio', para além do Till Brönner, pessoas como Annie Lennox, Milton Nascimento, Vanessa da Mata, Luciana Souza (sempre maravilhosa), Sérgio Mendes ou Kurt Elling.
E importa-me que a produção seja do Larry Klein. E que o Sérgio Mendes cante (!) "Ela é Carioca".
E que a Vanessa da Mata tenha aqui a mais fantástica interpretação que conheço de "O que será (à flor da pele)" (do Chico Buarque, com quem até nem simpatizo) a qual, arrisco dizer, muito dificilmente será superada.
Também importa dizer que Till Brönner canta em português, sem qualquer vestígio de sotaque alemão.
Mas o que mais me importa no meio de tudo isto é outra coisa pior: é que amanhã à noite vou estar no país do Till Brönner, enquanto ele irá estar no meu.
O que quer dizer que não irei vê-lo ao Ondajazz. É que se eu cá estivesse ia lá.
Ai ia, ia!
Till Brönner - "Teaser / Making of 'RIO'"
'Rio' foi gravado no... Rio, pois claro.

E importa-me que a produção seja do Larry Klein. E que o Sérgio Mendes cante (!) "Ela é Carioca".
E que a Vanessa da Mata tenha aqui a mais fantástica interpretação que conheço de "O que será (à flor da pele)" (do Chico Buarque, com quem até nem simpatizo) a qual, arrisco dizer, muito dificilmente será superada.
Também importa dizer que Till Brönner canta em português, sem qualquer vestígio de sotaque alemão.
Mas o que mais me importa no meio de tudo isto é outra coisa pior: é que amanhã à noite vou estar no país do Till Brönner, enquanto ele irá estar no meu.
O que quer dizer que não irei vê-lo ao Ondajazz. É que se eu cá estivesse ia lá.
Ai ia, ia!
Till Brönner - "Teaser / Making of 'RIO'"
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Groooooove!

Desta forma, o “Na Mata Café” transformou-se em ponto de encontro na noite de S. Paulo e local obrigatório para artistas brasileiros e estrangeiros de passagem por Sampa (os casos de Jamiroquai, SoulLive ou Chemical Brothers).

É o caso deste “When Doves Cry”, original de Prince, incluído no álbum “#1” da Grooveria Electroacústica.
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terça-feira, 16 de setembro de 2008
Choro
Veja-se este vídeo. Todo, a sério! É caseirinho, gravado na simplicidade de um encontro de amigos. Depois vejam-se todos os outros relacionados no YouTube.
Tive de ver tudo, ou quase. Depois fui saber quem era (foi) Raphael Rabello e deparei-me com isto:
“The best guitarist I’ve heard in years. He has overcome the technical limitations of the instrument, and his music comes unhindered from his soul, straight to the hearts of we who admire him.” — Paco de Lucia
“Raphael Rabello was simply one of the greatest guitarists who has ever lived. His level of insight into the potential of the instrument was matched only by the great Paco de Lucia. He was ‘the’ Brazilian guitarist of our time, in my opinion. His loss at such a young age is an incredible loss, not only for what he already did, but for what he could have done.” — Pat Metheny
E li outras opiniões, de maior ou de menor peso, mas todas a indicar mais ou menos o mesmo. Depois vi as versões de "Luíza" e de "Sampa", ambas interpretadas (e recriadas) de forma inusitadamente bela. E gostei, como nunca tinha gostado, desse choro exemplar que é o "Meu Caro Amigo" (aqui com Francis Hime ao piano, seu co-autor com Chico Buarque).

E ao ver este vídeo tive que me rir, penso que por duas razões. A primeira foi, obviamente, por assistir ao imenso banho de música que o amigo de Raphael Rabello ali apanha.
A segunda, terá sido ao escutar aquela torrente imparável de notas e o domínio absoluto da linguagem maravilhosa do choro!
Mas confesso que foi também para espantar o desconforto e a tristeza de ter conhecido um músico assim, para logo em seguida vir a saber que morreu, cedo de mais, pelas mais infames das razões.
"In 1989 Raphael had a car accident and suffered multiple fractures in his right arm. Surprisingly enough, he bravely recovered and continued to play masterfully. However, due to these injuries, he had to go through many surgery procedures and was tragically contaminated by HIV in a blood transfusion. Hopeless, he became cocaine addicted and died of generalized infection on April 27, 1995." — Wikipedia
Choro... que choro!
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
BR6, cinco brasileiros mais uma
Chamam-se BR6, são brasileiros e são 6, cinco homens e uma mulher. Cantam a cappella e citam como influências os Cariocas, Quarteto em Cy e, claro, Take 6.
Mas o melhor de tudo é que cantam bem, com harmonias e arranjos interessantes e bem arquitectados, em número mais do que suficiente.
Dois discos editados, o primeiro chama-se “Música Popular Brasileira A Cappella” e trouxe-lhes de imediato os já conhecidos prémios internacionais para música a capella.
O segundo álbum chama-se “Here To Stay - Gershwin & Jobim” e é dele este “Waters of March - Rhapsody in Blue”, um interessantíssimo mash-up dos dois clássicos de Jobim e Gershwin.
Está para breve um terceiro álbum. Aguardemos, portanto.
Mas o melhor de tudo é que cantam bem, com harmonias e arranjos interessantes e bem arquitectados, em número mais do que suficiente.
Dois discos editados, o primeiro chama-se “Música Popular Brasileira A Cappella” e trouxe-lhes de imediato os já conhecidos prémios internacionais para música a capella.
O segundo álbum chama-se “Here To Stay - Gershwin & Jobim” e é dele este “Waters of March - Rhapsody in Blue”, um interessantíssimo mash-up dos dois clássicos de Jobim e Gershwin.
Está para breve um terceiro álbum. Aguardemos, portanto.
sábado, 16 de agosto de 2008
Porque hoje é Sábado

Dorival Caymmi é daqueles compositores acerca dos quais as palavras são (serão) sempre escassas. Deixo-as para os que as sabem escrever melhor do que eu.
Direi apenas que ele é um dos compositores e músicos cujo universo musical me é mais querido, que mais me serviu como pilar e que memórias mais primevas me traz.
Seja esta a minha homenagem - recordá-las hoje.
Talvez porque hoje é Sábado, Dorival Caymmi morreu.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Tarde de sol e banhos

Não estava no Rio de Janeiro, mas fez-me sentir mais perto dos trópicos.
E eu nestas coisas não resisto; quando não conheço, pergunto quem é. E assim foi, a pessoa que eu menos esperava para nos poder apresentar trouxe-me um disco chamado "Moments Of Passion".
Ele há mesmo coisas que, não sendo perfeitas se tornam perfeitas, desde que estejam no tempo e no sítio certo.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Como é bom poder tocar um instrumento
O génio, mais uma vez.
E como é que nunca antes me deu para tocar isto? É que a própria letra o diz, "Como é bom poder tocar um instrumento".
Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel
Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu
Ela me conta sem certeza tudo o que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin’ Days
Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor
Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão
As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento
E como é que nunca antes me deu para tocar isto? É que a própria letra o diz, "Como é bom poder tocar um instrumento".
Uma tigresa de unhas negras e íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel
Enquanto os pelos dessa deusa tremem ao vento ateu
Ela me conta sem certeza tudo o que viveu
Que gostava de política em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin’ Days
Ela me conta que era atriz e trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração, que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor
Mas ela ao mesmo tempo diz que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz, vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão
As garras da felina me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Boa nova
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