Há coisas que nos deixam de queixo caído, com vontade de bradar aos céus. Veja-se – de preferência até ao final – esta gravação de 1988 de um programa da televisão francesa.
Haverá alguém a duvidar do bom gosto musical, da voz e da presença em palco desta artista?
Diz o apresentador francês no final do vídeo: “aprés Linda de Suza, le Portugal nous a proposé Guida de Palma”.
Agora que ficámos a perceber que afinal se trata de uma portuguesa, ouçamos esta faixa de um seu CD, editado já em 2010.
E, já agora, esta.
Bastam dois ou três cliques no Google para ficar a saber que Guida de Palma – a quem, em 1985, poucos meses antes da sua morte, Jaco Pastorius caiu como uma mosca no mel ao saltar para o palco para tocar durante a sua primeira actuação ao vivo, em Paris – tem créditos mais do que muitos a cantar, compor, a estudar música e produção musical, bem como a colaborar como vocalista principal e/ou de suporte com, entre outros menos conhecidos, os Kyoto Jazz Massive ou os Pet Shop Boys.
Após anos a viver no estrangeiro, Guida de Palma voltou a residir em Portugal onde, para além de editar pelo menos 3 discos, continua a liderar e participar em projectos diversos (entre os quais os Jazzinho), a dar aulas de canto, a gravar e a fazer produção musical para outros artistas.
Enquanto deambulava por prateleiras de jazz e de música brasileira deparei com ela – um CD em seu nome com produção do (literalmente) grande Ed Motta.
Ouvi, procurei saber quem era e ouvi mais, e mais, e mais música dela. Depois de me cair o queixo e de ficar com vontade de bradar aos céus, afigura-se-me completamente incompreensível e injusto que nem uma só vez eu tenha ouvido ou lido neste País uma referência que seja a Guida de Palma.
Ou ando muito distraído ou há coisas que, por mais que se tente, não se conseguem compreender.
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terça-feira, 15 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Ooops!
Meshell Ndegeocello, do clássico, imprescindível álbum de estreia de 1993, "Plantation Lullabies".
Jazz, acid, hip-hop, funk... o que se quiser..., mas do melhor.
Jazz, acid, hip-hop, funk... o que se quiser..., mas do melhor.
domingo, 16 de maio de 2010
Síntese
"There's nothing you can't do" pode parecer excessivo enquanto lema de uma vida. Neste caso é o de duas e fica aqui bem justificado.
O novo álbum de Raul Midón - Synthesis - confirma como se deve seguir com interesse tudo o que ele faz.
E depois há aqui o dedo de Larry Klein, produtor, a mostrar ao longo de décadas como se pode ser uma espécie de Midas na música (Joni Mitchel, Julia Fordham, Madeleine Peyroux, Luciana Souza, Melody Gardot...).
O novo álbum de Raul Midón - Synthesis - confirma como se deve seguir com interesse tudo o que ele faz.
E depois há aqui o dedo de Larry Klein, produtor, a mostrar ao longo de décadas como se pode ser uma espécie de Midas na música (Joni Mitchel, Julia Fordham, Madeleine Peyroux, Luciana Souza, Melody Gardot...).
quinta-feira, 13 de maio de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
VOCAbuLarieS
A mais recente adição às minhas listas de audição é o novo CD de Bobby McFerrin, “VOCAbuLarieS”. A crítica de pré-lançamento difundiu já uma mensagem clara:
Musicalmente, estamos perante uma elaboradíssima colagem de elementos de música coral barroca, cantos africanos, R&B e pop, música clássica ocidental, harmonias vocais da África Austral, da Europa de Leste e do Médio Oriente.
Tecnicamente, “VOCAbuLarieS” reúne virtualmente – isto é, recorrendo exaustivamente à gravação e à mistura em estúdio, ao longo de 7 anos (!) – um conjunto de vozes (entre as quais as de Lisa Fischer, Luciana Souza, Janis Siegel dos “Manhattan Transfer” e os “New York Voices”) com raízes na “world music”, na clássica e no R&B, agrupados numa monumental filigrana coral composta por diferentes pequenos núcleos e elementos individuais, num total de 1400 faixas vocais!
Do ponto de vista da linguagem, Bobby McFerrin utiliza, para além da linguagem por ele inventada para cantar, um conjunto de 15 idiomas diferentes: latim, italiano, sânscrito, zulu, espanhol, russo, hebreu, português, mandarim, japonês, francês, árabe, alemão, gaélico... e inglês.
Demasiadamente étnico e com influências da “world music”? Sim, por vezes.
Um álbum de audição necessariamente atenta e imprescindível?
Definitivamente, sim!
“Constructed as meticulously as a Mozart symphony or a Steely Dan album, intricately synthesized from countless stylistic elements, “VOCAbuLarieS” may be unlike any album anyone has ever recorded.”
“Seven years in the making, “VOCAbuLarieS” is certainly the most ambitious McFerrin project to date and may very well be his magnum opus.”
“In short, “VOCAbuLarieS” is Bobby McFerrin’s masterpiece.”
Musicalmente, estamos perante uma elaboradíssima colagem de elementos de música coral barroca, cantos africanos, R&B e pop, música clássica ocidental, harmonias vocais da África Austral, da Europa de Leste e do Médio Oriente.
Tecnicamente, “VOCAbuLarieS” reúne virtualmente – isto é, recorrendo exaustivamente à gravação e à mistura em estúdio, ao longo de 7 anos (!) – um conjunto de vozes (entre as quais as de Lisa Fischer, Luciana Souza, Janis Siegel dos “Manhattan Transfer” e os “New York Voices”) com raízes na “world music”, na clássica e no R&B, agrupados numa monumental filigrana coral composta por diferentes pequenos núcleos e elementos individuais, num total de 1400 faixas vocais!
Do ponto de vista da linguagem, Bobby McFerrin utiliza, para além da linguagem por ele inventada para cantar, um conjunto de 15 idiomas diferentes: latim, italiano, sânscrito, zulu, espanhol, russo, hebreu, português, mandarim, japonês, francês, árabe, alemão, gaélico... e inglês.
Demasiadamente étnico e com influências da “world music”? Sim, por vezes.
Um álbum de audição necessariamente atenta e imprescindível?
Definitivamente, sim!
quinta-feira, 25 de março de 2010
Sledgehammer
Após uns 35 segundos em que não se sabe muito bem o que dali vai sair, há um ponto de não retorno após o qual é impossível não ver tudo.
Peter Gabriel, Paula Cole, Manu Katché, Tony Levin, David Rhodes e Jean-Claude Naimro, numa performance arrebatadora.
Peter Gabriel, Paula Cole, Manu Katché, Tony Levin, David Rhodes e Jean-Claude Naimro, numa performance arrebatadora.
quinta-feira, 18 de março de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Violas e vozes

Trijntje e Leonardo Amuedo, desta vez em tributo a Michael Jackson. Violas, vozes, overdubs e nada mais!
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domingo, 31 de janeiro de 2010
Uma das duplas felizes na história da música
A história do encontro, afastamento e reencontro de China Forbes e Thomas Lauderdale deu-nos os Pink Martini.
Aqui, ao vivo, percebe-se a razão da perfeição.
Aqui, ao vivo, percebe-se a razão da perfeição.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Ordinary Angel (Flying as high as I can...)
Pat e Greg Kane, foram estes os dois irmãos escoceses que deram origem a um dos melhores grupos pop de sempre.
"The fame and the fortune wasn't the driving force for us. We intellectualized and worried about music a bit more than most of the bands did" - Greg Kane
Aquilo de que aqui se fala é um pouco de todos nós, "(...) ordinary angels, Winning tiny victories, And though the ordinary angels fly, Their wings weigh heavily".
Também isso me faz , passados todos estes anos, continuar a gostar deles.
Hue and Cry - Ordinary Angel
I got the card, delivers the goods
Fills me with happiness
It's joy for a while 'till the first of the month
Then I'm chasing my tail again
I want a life that's bigger than me
'Cause I'm crushing myself to death
Tell you what I don't need
No heaven sent deity
'Cause I'm an ordinary angel
Winning tiny victories
And though the ordinary angels fly
Their wings weigh heavily
I try to be a daily genius
There's no idea beyond my reach
With all the angels and the geniuses
My company I'm gonna keep
I'm watching the news and I feel my face
Hanging like plasticene
Now I see the plot, I've got the plan
Every move is transparent to me
Profit and power's turning the world
And I'm leaning against the spin
Give me a vision please
And I don't mean heavenly
I'm an ordinary angel
Winning tiny victories
And though the ordinary angels fly
Their wings weigh heavily
I try to be a daily genius
There's no idea beyond my reach
With all the angels and the geniuses
My company I'm gonna keep
I want a life that's bigger than me
'Cause I'm crushing myself to death
Give me a vision please
And I don't mean heavenly
I am an ordinary angel
I am an ordinary angel child
Walking with the daily geniuses
I am an ordinary angel
Flying as high as I can...
"The fame and the fortune wasn't the driving force for us. We intellectualized and worried about music a bit more than most of the bands did" - Greg Kane
Aquilo de que aqui se fala é um pouco de todos nós, "(...) ordinary angels, Winning tiny victories, And though the ordinary angels fly, Their wings weigh heavily".
Também isso me faz , passados todos estes anos, continuar a gostar deles.
Hue and Cry - Ordinary Angel
I got the card, delivers the goods
Fills me with happiness
It's joy for a while 'till the first of the month
Then I'm chasing my tail again
I want a life that's bigger than me
'Cause I'm crushing myself to death
Tell you what I don't need
No heaven sent deity
'Cause I'm an ordinary angel
Winning tiny victories
And though the ordinary angels fly
Their wings weigh heavily
I try to be a daily genius
There's no idea beyond my reach
With all the angels and the geniuses
My company I'm gonna keep
I'm watching the news and I feel my face
Hanging like plasticene
Now I see the plot, I've got the plan
Every move is transparent to me
Profit and power's turning the world
And I'm leaning against the spin
Give me a vision please
And I don't mean heavenly
I'm an ordinary angel
Winning tiny victories
And though the ordinary angels fly
Their wings weigh heavily
I try to be a daily genius
There's no idea beyond my reach
With all the angels and the geniuses
My company I'm gonna keep
I want a life that's bigger than me
'Cause I'm crushing myself to death
Give me a vision please
And I don't mean heavenly
I am an ordinary angel
I am an ordinary angel child
Walking with the daily geniuses
I am an ordinary angel
Flying as high as I can...
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Para conhecer e ouvir com atenção porque há aqui muita música e coisas bonitas para ver
Yellowcake (wikipedia)
(Kaki King) (myspace)
it appears (it appears)
unavoidable
glittering stars
star shines
they'll come to you (they'll come to you)
they'll come to you
diamonds deep
in the earth
sparkle though they can't be seen
it can hardly be conceived
open yourself
you will become the light you see
then yourself
you will become the light you see
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
The Last Of The Melting Snow

Fazem acompanhar-se de instrumentos nem sempre habituais (flauta, bandolim, violino, glockenspiel, violoncelo, outros).
Criam uma sonoridade e um universo de canções alternativos que trazem frescura ao pop-folk.
Ouvi-os e gostei.
Chamam-se "The Leisure Society" e fazem canções assim.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Time After Time
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Esplendor
Penso que não fui só eu a achá-los apenas giros. Ao princípio achava-os isso mesmo, mas não mais do que isso, giros. Um divertido agrupamento de 11 ou 12 elementos, uns tipos com um ar e uma sonoridade retro, com a particularidade de terem uma vocalista a cantar muito, muito bem - à parte pequenos tiques ou desvios da pronúncia - em quatro ou cinco línguas diferentes.
Agora conheço-os já melhor, em particular as suas duas peças chave: o pianista Thomas Lauderdale, com o perfeccionismo dos seus arranjos e (re)criação dos temas, e a voz mais que perfeita da sua vocalista - China Forbes.
Os Pink Martini lançaram um novo álbum que contém, diria eu, quatro ou cinco músicas que se podem tornar, se não inesquecíveis, pelo menos daquelas que nos irão deliciar e acompanhar por bastante tempo.
Como, por exemplo, este novo original de Forbes/Lauderdale, "Over The Valley". Um esplendor.
Agora conheço-os já melhor, em particular as suas duas peças chave: o pianista Thomas Lauderdale, com o perfeccionismo dos seus arranjos e (re)criação dos temas, e a voz mais que perfeita da sua vocalista - China Forbes.

Como, por exemplo, este novo original de Forbes/Lauderdale, "Over The Valley". Um esplendor.
Woman In Chains
Canção magnífica, empolgante, metade Tears For Fears, metade (ou mais) Oleta Adams. Esplêndida.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
domingo, 8 de novembro de 2009
Good Times
Para uma semana que se anuncia difícil, um tema com 'bom feeling'. Esperança que chega no novo álbum de Richard Bona.
Richard Bona (coros, baixo, teclados, guitarras, percussões), Frank McComb (voz e coros), Gregoire Maret (harmónica), Michael Rodriguez (trompete), Bob Reynolds (saxofone), Marshall Gilkes (trombone), Obed Calvaire (bateria)
Richard Bona (coros, baixo, teclados, guitarras, percussões), Frank McComb (voz e coros), Gregoire Maret (harmónica), Michael Rodriguez (trompete), Bob Reynolds (saxofone), Marshall Gilkes (trombone), Obed Calvaire (bateria)
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