Michael Jackson, pela mão de Miles Davis, em Julho de 1988. Um ano depois encontrávamo-nos em Lisboa.
(a quem quiser esperar, vale a pena ver aos 7'13'' um detalhe que muito diz de Miles em palco)
7 comentários:
Rui
disse...
Aqui há uns tempos tive a oportunidade de entrevistar uma senhora encantadora que tinha - pasme-se - estado presente na tarde do assassinato do rei D. Carlos. Quando soube disso acometeu-me logo uma erupção historiográfica e pus-me a gravar respostas a perguntas prévia e devidamente alinhadas. Vai-se a ver - to cut a long story short, como dizem os Spandau Ballet - a senhora apenas comentava que estava chuvoso nesse dia e sobre o Buiça ou o tumulto ou a face de Portugal que mudara ali à sua frente, nada. Há momentos assim em que podemos mesmo passar ao lado da história. É a cultura que ainda o vai proibindo, nada mais. Que a vida só raramente vai dando "novas oportunidades". Lembrei-me disto porque a memória mais intensa que guardo desse concerto do Miles, para além do fervor religioso que nos comia a todos, e da elegância competente do Benjamin Rietveld director musical do Miles foi o melhor som de bateria que alguma vez ouvi, saído das mãos do Ricky Wellman. Não é idiota?
(A palavra que tenho de escrever agora é - isto está cada vez melhor - adiar. Juro: adiar. Aí vai.)
é pertinente a lembrança dos nomes do benny rietveld e do ricky wellman, baixo e bateria, respectivamente. é que li há pouco esta resposta do miles, quando lhe perguntaram de que é que ele andava à procura nos músicos com quem tocava:
para além de gostar especialmente desta canção, nunca mais me esquecerei do "pormenor" que acentua este último facto, tínhamos 11 ou 12 anos, eu e a minha prima tentávamos uma coreografia em frente ao móvel da sala que nos servia de espelho, tive a infeliz ideia de apoiar um joelho no tampo em vidro da mesa baixa lá de casa... parti a mesa, cortei a bota, fiz um ligeiro golpe no pé e ainda estive muito perto de um estalo da minha mãe...
7 comentários:
Aqui há uns tempos tive a oportunidade de entrevistar uma senhora encantadora que tinha - pasme-se - estado presente na tarde do assassinato do rei D. Carlos. Quando soube disso acometeu-me logo uma erupção historiográfica e pus-me a gravar respostas a perguntas prévia e devidamente alinhadas. Vai-se a ver - to cut a long story short, como dizem os Spandau Ballet - a senhora apenas comentava que estava chuvoso nesse dia e sobre o Buiça ou o tumulto ou a face de Portugal que mudara ali à sua frente, nada. Há momentos assim em que podemos mesmo passar ao lado da história. É a cultura que ainda o vai proibindo, nada mais. Que a vida só raramente vai dando "novas oportunidades". Lembrei-me disto porque a memória mais intensa que guardo desse concerto do Miles, para além do fervor religioso que nos comia a todos, e da elegância competente do Benjamin Rietveld director musical do Miles foi o melhor som de bateria que alguma vez ouvi, saído das mãos do Ricky Wellman. Não é idiota?
(A palavra que tenho de escrever agora é - isto está cada vez melhor - adiar. Juro: adiar. Aí vai.)
é pertinente a lembrança dos nomes do benny rietveld e do ricky wellman, baixo e bateria, respectivamente. é que li há pouco esta resposta do miles, quando lhe perguntaram de que é que ele andava à procura nos músicos com quem tocava:
"My ego only needs a good rhythm section."
para além de gostar especialmente desta canção, nunca mais me esquecerei do "pormenor" que acentua este último facto, tínhamos 11 ou 12 anos, eu e a minha prima tentávamos uma coreografia em frente ao móvel da sala que nos servia de espelho, tive a infeliz ideia de apoiar um joelho no tampo em vidro da mesa baixa lá de casa... parti a mesa, cortei a bota, fiz um ligeiro golpe no pé e ainda estive muito perto de um estalo da minha mãe...
esta versão de Miles é fantástica...
Ainda não perdi as esperanças de ver neste sítio um dos Duran Duran a tocar pífaro, não sei porquê.
Vou procurar. Já te digo alguma coisa...
(stleckwz...? isto estava a ir tão bem...)
grainofsand, granda galo, diria eu!
cão e rui,
duran duran a tocar pífaro não prometo, não prometo. mas se houver eu ponho aqui!
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