quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Mesmo a sair de 2009
. Porque fazem música boa.
. Porque são rapaziada boa.
. Porque é malta da cidade onde vivo.
. Porque até aqui toca quem já ensinou música aos meus filhos.
E, sobretudo, porque assim vale a pena ocupar o tempo, os palcos e os estúdios, mais o espaço que lhes queiramos dar para os ouvir e divulgar.
Comprei-lhes um CD, na altura em que eles se aventuraram a gravar o primeiro álbum. Agora, conto ir vê-los apresentar o segundo, já com o patrocínio de gente de peso no jazz - Maria João e Filipe Melo.
Desejemos-lhes as maiores desbundas, aos Desbundixie.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
As escadinhas do Hot
domingo, 20 de dezembro de 2009
sábado, 19 de dezembro de 2009
Clima de vergonha
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Manufactured Landscapes
Na altura em que decorre em Copenhaga a Cimeira da ONU sobre alterações climáticas foi através de uma coincidência oportuna que conheci o trabalho do fotógrafo canadiano Edward Burtynsky. Apesar de serem dois temas distintos, estes têm, apesar disso, uma ligação que vem do facto de Burtynsky fotografar indústrias e obras de (muito) larga escala, das quais revela não apenas o seu gigantismo mas também o grotesco e a dimensão das suas consequências.
A fotografia documental de Burtynsky valeu-lhe já em 2005 a atribuição de um prémio TED. O seu trabalho, apropriadamente realizado em grande formato, está focado em actividades capazes de transformar as paisagens natural e humana, como são os casos das indústrias de manufactura em larga escala, da construção pesada, da extracção ou da reciclagem.
Foi em busca destes aspectos que Edward Burtynsky viajou em 2005 pela China e Bangladesh, visitando fábricas, aterros, estaleiros navais, obras e sucatas. Desta viagem resultou 'Manufactured Landscapes', um documentário realizado pela também canadiana Jennifer Baichwal, que acompanhou e registou o trabalho do fotógrafo.
"Manufacturing #18", Cankun Factory, Zhangzhou, China
Em ‘Manufactured Landscapes’, a dimensão dos objectos retratados, o olhar demorado da câmara e os comentários em voz off de Burtynsky são propícios à meditação. O plano inicial, por exemplo – um imenso travelling ao longo de linhas de montagem de uma fábrica de produtos eléctricos na China, na qual trabalham cerca de 17000 pessoas – demora quase 8 minutos!
"Manufacturing #17", Deda Chicken Processing Plant, Dehui City, China
Para além da dimensão estética e do impacto visual, estes dois trabalhos reunidos num só – a fotografia e o documentário – levam-nos a reflectir acerca das implicações das duas últimas décadas de industrialização e de globalização.
"Nanpu Bridge Interchange", Shanghai, China
Dá que pensar o testemunhar da realidade de adultos e crianças envolvidos na escolha de sucata, no desmantelamento de navios, ou na extracção de metais pesados e componentes do chamado “e-waste” – o lixo electrónico dos aparelhos que usamos, entre os quais estão os 50% de computadores de todo o mundo que voltam para a China para serem (mal) reciclados.
"Shipbreaking No. 30", Chittagong, Bangladesh
Dá que pensar a forma como na Ásia é feita – e como é paga – a produção de milhões de artigos de todo o tipo (como, por exemplo, os mais de 75% por cento dos brinquedos ou os 90% de decorações natalícias de todo o mundo que são feitos na China!).
Dá que pensar porque é que as corporações, empresas e governos ocidentais continuam a deslocalizar fábricas, não apenas porque nesses locais se produz barato, mas também porque nesses sítios se polui – e literalmente mata – “de borla”.
"Bao Steel #8", Shanghai, China
É útil ver este documentário e encarar algo que muitos de nós desconhecemos ou apenas subestimamos. Porque "Manufactured Landscapes" nos faz reflectir nos ciclos económicos e, logo, nos ciclos sociais e demográficos que esta realidade já nos impôs.
Uma realidade que, apesar de mal a conhecermos, está a moldar o nosso futuro.
domingo, 13 de dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
The Last Of The Melting Snow
Fazem acompanhar-se de instrumentos nem sempre habituais (flauta, bandolim, violino, glockenspiel, violoncelo, outros).
Criam uma sonoridade e um universo de canções alternativos que trazem frescura ao pop-folk.
Ouvi-os e gostei.
Chamam-se "The Leisure Society" e fazem canções assim.
domingo, 6 de dezembro de 2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Lovisa, que é como quem diz Luísa
Gosto da simplicidade desta voz e gosto do nome Luísa, mas em sueco. Vai daí, comprei o álbum e aqui o trago.
Deve ser problema meu - I fall in love too easily.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
E vão 2
Hoje, no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian - Gustavo Dudamel e a Orquestra Juvenil Ibero-Americana.
Ou seja, Dudamel, 2 - fj, 0.
domingo, 29 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Time After Time
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Transvoid
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Esplendor
Agora conheço-os já melhor, em particular as suas duas peças chave: o pianista Thomas Lauderdale, com o perfeccionismo dos seus arranjos e (re)criação dos temas, e a voz mais que perfeita da sua vocalista - China Forbes.
Os Pink Martini lançaram um novo álbum que contém, diria eu, quatro ou cinco músicas que se podem tornar, se não inesquecíveis, pelo menos daquelas que nos irão deliciar e acompanhar por bastante tempo.
Como, por exemplo, este novo original de Forbes/Lauderdale, "Over The Valley". Um esplendor.
Woman In Chains
terça-feira, 10 de novembro de 2009
domingo, 8 de novembro de 2009
Good Times
Richard Bona (coros, baixo, teclados, guitarras, percussões), Frank McComb (voz e coros), Gregoire Maret (harmónica), Michael Rodriguez (trompete), Bob Reynolds (saxofone), Marshall Gilkes (trombone), Obed Calvaire (bateria)
Herr G.
Não sendo extraordinário é bom, repleto de gente que sabe muito de música.
Curioso lançamento este, de cuja receita metade irá reverter para a instituição de solidariedade "Ajuda do Berço".
zé nabo (baixo), filipe raposo (piano), manuel paulo (clavinet, melódica, orgão), rui veloso (guitarras), joão cabeleira (guitarra - solo 2), miguel gonçalves (trompete), guto lucena (saxofone tenor), rui gonçalves (trombone), ramón galarza (bateria, wurlitzer, sintetizadores, percussões)
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Mehldau + 2
O tema de que mais gostei, num concerto que teve tudo de bom. Músicos inspirados, excelente som, piano afinadíssimo, companhia boa.
Sobre os músicos: Jeff Ballard, sóbrio mas criativo. Larry Grenadier, diligente e com uma técnica cada vez mais forte.
Brad Mehldau, para além da inspiração e da sua estética própria, fica-me deste concerto – o primeiro que vejo dele – uma sensação curiosa, a de que ele alberga dois solistas diferentes, um em cada mão. Frequentemente o piano me soou como se estivessem a tocar duas entidades distintas, em diálogo, umas vezes justapondo frases, outras vezes em contraponto.
Fico na dúvida sobre de onde provém esta sensação, se de quem toca ou de quem escuta.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Está explicado
Entretanto tinha já voado durante 91 minutos sem comunicar com o controlo de tráfego aéreo!
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Coincidências
Gosto muito, deste e do outro.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
O seu a seu dono
(que nostalgia esta que me dá ao ver etiquetas assim)
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Mingus
Trumpets:
- Greg Gisbert
- Avishai Cohen
- Tatum Greenblatt
Saxophones:
- Craig Handy
- Seamus Blake
- Scott Robinson
- Wayne Escoffery
- Jason Marshall
Trombones:
- Ku-umba Frank Lacy
- Conrad Herwig
- Earl McIntyre
Bass: Boris Kozlov
Piano: Kenny Drew Jr.
Drums: Donald Edwards
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Outro mundo
Fui para o concerto sem qualquer tipo de expectativa ou de preparação prévia. Apenas me tinham dito que devia ser uma “coisa gira”, uns cantores... assim, tipo “músicas do mundo”.
Apagam-se as luzes e entram no palco 4 homens, de ar simpático mas rude, vestidos com trajes tradicionais da sua terra natal, a Sardenha. Formam entre si um pouco mais do que um semicírculo, de olhos quase fechados, encerrados em si mesmos, e começam com isto.
É impossível ficar indiferente ao ouvir-se, e em especial ao presenciar-se, o canto a tenore. Assim se chama o canto polifónico de Bitti, na Sardenha, uma tradição com milhares de anos e classificada pela UNESCO como património imaterial da humanidade.
É um caso interessantíssimo de harmonia vocal compacta, com alterações bem marcadas de tonalidade, e um dos poucos exemplos de música tradicional que incorpora canto gutural e harmónicos vocais (onde uma nota fundamental e um harmónico são emitidos em simultâneo, neste caso harmónicos inferiores).
Não se ouve facilmente, é claro, mas vale a pena conhecer e perceber quais as suas regras.
Naquela noite saí do auditório ainda meio aturdido, comprei-lhes um CD, claro, e ficou claro também que eles eram - são mesmo - de outro mundo.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Oh!
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Grande canção, voz e guitarra
Uma grande canção - escrita por Tony Joe White, que deu canções a meio mundo e que acabou sem casa e instrumentos pelo meio do furacão Katrina.
Uma grande voz - que já não surpreende por ser tão boa, mas que com o passar dos anos ganhou a textura e o respeito da idade.
Uma grande guitarra - evidentemente!
Do melhor que se encontra no novo álbum de George Benson, 'Songs And Stories'.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
O futuro passa por aqui
Joe Locke em vibrafone, é hoje incontornável, tão exuberante aqui - veja-se como ele se entrega durante todo o tema - como impecavelmente lírico noutras ocasiões.
Geoffrey Keezer (piano), musicalmente cultíssimo, um dos últimos "young lions" a sair dos Jazz Messengers de Art Blakey. Solo quase todo em stacatto e com referências de hard-bop de quem sabe a sério. Todos os mestres bem estudados.
Mike Pope (contrabaixo), a fazer lembrar Dave Holland no timbre e na solidez.
Terreon Gully (bateria) é um monstro absoluto. Baterista imprescindível que sigo desde que o conheci, na altura a acompanhar outro vibrafonista da nova geração - Stefon Harris. Tão capaz da mais bruta força como da mais fina subtileza (embora aqui pareça mais potente do que subtil).
Gente que garante o futuro, para eles e para nós.
domingo, 4 de outubro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Hoje vi o chão coberto de folhas
Tierney Sutton, voz; Christian Jacob, piano; Trey Henry, contrabaixo; Ray Brinker, bateria
sábado, 26 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Atenção, muita atenção
1. Primeiro álbum do Ivan Lins com orquestra.
2. A orquestra é a Metropole Orchestra, aquela que provavelmente terá hoje em dia a melhor nota global, entre qualidade, diversidade e a quantidade de trabalho produzido.
3. Os arranjos (a maior parte) e a direcção são de Vince Mendoza, pois claro.
4. Uma das faixas - "O Fado" - foi composta por Paulo de Carvalho e Dulce Pontes e é cantada por Paulo de Carvalho e Ivan Lins.
5. O álbum está nomeado para um Latin Grammy Award na categoria "Best MPB Album".
Chega, há mais, mas estes são já factores de sobra para motivar uma audição e uma compra inevitável.
Vamos à audição. Primeiro "O Fado", claro, e depois um tema poderosíssimo, - "Ai, Ai, Ai, Ai, Ai" - com toda a Metropole a levar a música em ombros e a fazer com ela uma festa.
Uma pura e extraordinária conjugação de talentos, trata-se evidentemente de um disco imperdível.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
2 x 50 Ways to Leave Your Lover
Depois, por um trio apenas (mas com alguns dos melhores tubarões, Larry Grenadier e Jeff Ballard, que há um ano vi com Mark Turner em "Fly").
Classe, em ambos os casos.
domingo, 20 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Masters at Work
Apesar disso, só há dias fiquei a saber (e confirmei) que, ao longo destes 6 minutos e uns poucos 3 segundos, Bill Evans percorre todos os tons da nossa dodecafónica escala.
É caso para dizer, o bem que o jazz faz às músicas!
"Theme from M*A*S*H (aka Suicide is Painless)"
Bill Evans (p), Eddie Gomez (cb), Eliot Zigmund (bt)
domingo, 13 de setembro de 2009
Blast from the past
Não há aqui - tal como mais tarde com os 'Tears For Fears' - muito daquilo que antes os Beatles tinham trazido?
Agora vou uma vez mais até às margens do rio Lahn. Volto quinta-feira, com novidades.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
Como melhor explicar a política às crianças: um caso prático
Mais de um ano passou e alguns milhares de crianças portuguesas - e muitas outras venezuelanas - receberam os seus "Magalhães". Cá por casa, nada.
Na edição online do Público leio hoje que, de acordo com uma fonte do Plano Tecnológico da Educação (PTE), "A manutenção dos programas e-escolinhas e e-escola, que permitem aos alunos comprar um computador com ligação à Internet - o famoso Magalhães para os estudantes do 1.º ciclo e os portáteis para os restantes, do 2.º ciclo ao secundário -, está dependente dos resultados das eleições legislativas e de quem será o novo Governo".
Assim, quando a minha filha me voltar a questionar sobre este assunto dir-lhe-ei a verdade, sem rodeios, que mesmo que não a compreenda agora, lhe permitirá mais facilmente vir a perceber as "verdades" da política.
E nós, os mais velhos, compreendemos assim melhor como é que cedo se começa a instalar a descrença nos políticos.
sábado, 5 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Windmills Of Your Mind (II)
"The Windmills of Your Mind" (Michel Legrand, Alan Bergman, Marilyn Bergman) do filme "The Thomas Crown Affair" (Academy Award for Best Original Song, 1968)
domingo, 30 de agosto de 2009
A "música da Nokia" tocada em 1938
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Começar de novo...
Leonardo Amuedo, uruguaio, guitarrista de Ivan Lins e que tem inúmeras participações por esse mundo fora (Laura Fygi, Dori Caymmi, Dulce Pontes, Trijntje Oosterhuis, Jan Akkerman, Jimmy Haslip...), toca isto assim.
Irra!
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Galileu Galilei
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Contraponto
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Isto pode não ser o paraíso, mas anda lá perto
Precioso o trabalho de Vince Mendoza mas imperdível o de Alex Acuña (o que apenas um golpe de um dedo indicador consegue fazer por uma música!), o de Peter Erskine (a "varrer" sabiamente o jogo de pratos), bem como o dos restantes músicos.
Ouvir e chorar por mais. Precisamos absolutamente que isto fique disponível em DVD/CD!
A Metropole Orchestra dirigida por Vince Mendoza, com Peter Erskine (bateria), Alex Acuña (percussão), Victor Bailey (baixo eléctrico), Jim Beard (teclados) e Amit Chatterjee (guitarra e voz)
"Elegant People"
"Peace"
"Fast City"
"Jungle book"