Ao iniciar este blog há quase um ano atrás não supunha vir hoje aqui com o intuito de vos dizer isto.
Que durante o último ano se passaram várias coisas significativas na minha vida e que este blog foi uma delas.
Que esta é uma espécie de sala de visitas que eu gosto de manter arrumadinha e acolhedora para quem a quer vir visitar.
Que, mais do que o blog em si, são as pessoas que o frequentam aquilo que importa. E que - apesar de eu não ser regular como gostaria de ser - são elas que o mantêm, apenas pelo facto de o visitarem e ajudarem a construir.
Por isso - e porque já vou longo de mais para aquilo que tinha planeado - venho desejar apenas, a todos, um bom 2009.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Hubtones
Freddie Hubbard
(1938 - 2008)
Detesto isto (e especialmente tu ssv, desculpa-me por mais este obituário) mas tenho de deixar aqui a minha homenagem a alguém de quem gosto muito, muito. Parou hoje de viver. Há bastante tempo tinha parado já de tocar, pelo menos da maneira que maravilhou o mundo e pela qual será recordado.
Vi-o tocar por duas vezes, a primeira no Hot Clube, nos anos 90 e a segunda em 2001 em Óbidos, num concerto com o The New Jazz Composers Octet e onde as dificuldades eram evidentes (tinha já abandonado o trompete em favor do filiscorne devido às lesões no lábio superior).
Mas o que nos deixa é enorme e precioso (atenção devida a estas notas) e é preciso ouvi-lo aqui, hoje, e recordá-lo por maravilhas como estas:
Moanin'
(em 1962, com 24 anos, no sexteto de Art Blakey, entrada de rompante solo adentro!)
Hubtones
(magistral, absolutamente arrebatador, primeiro em luta com a própria secção rítmica e depois contra os seus óculos, os quais vence finalmente aos 3'36'')
(1938 - 2008)
Detesto isto (e especialmente tu ssv, desculpa-me por mais este obituário) mas tenho de deixar aqui a minha homenagem a alguém de quem gosto muito, muito. Parou hoje de viver. Há bastante tempo tinha parado já de tocar, pelo menos da maneira que maravilhou o mundo e pela qual será recordado.
Vi-o tocar por duas vezes, a primeira no Hot Clube, nos anos 90 e a segunda em 2001 em Óbidos, num concerto com o The New Jazz Composers Octet e onde as dificuldades eram evidentes (tinha já abandonado o trompete em favor do filiscorne devido às lesões no lábio superior).
Mas o que nos deixa é enorme e precioso (atenção devida a estas notas) e é preciso ouvi-lo aqui, hoje, e recordá-lo por maravilhas como estas:
Moanin'
(em 1962, com 24 anos, no sexteto de Art Blakey, entrada de rompante solo adentro!)
Hubtones
(magistral, absolutamente arrebatador, primeiro em luta com a própria secção rítmica e depois contra os seus óculos, os quais vence finalmente aos 3'36'')
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Verdade ou mentira
Pío Leyva, um dos quatro grandes do Buena Vista Social Club (juntamente com Compay Segundo, Rubén González e Ibrahim Ferrer) aqui a cantar o seu êxito maior, "El Mentiroso".
O que ele aqui canta são mentiras, mas será verdade o que ele aqui diz?
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
A minha versão favorita de uma música para a minha menos favorita época do ano
O Natal é sempre que um homem quiser. Verdade? Deve ser.
Eu, que do Natal só gosto do bolo-rei, ouço esta música o ano inteiro. Porque me apetece.
Uma parceria improvável, Rosie O'Donnell e Donny Osmond.
Eu, que do Natal só gosto do bolo-rei, ouço esta música o ano inteiro. Porque me apetece.
Uma parceria improvável, Rosie O'Donnell e Donny Osmond.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Isicathamiya
Canto a capella, polifonia da África austral, música do mundo, todos são gostos antigos.
E este tema também, solene e forte de mais para hoje lhe resistir.
E este tema também, solene e forte de mais para hoje lhe resistir.
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sábado, 20 de dezembro de 2008
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
M
domingo, 14 de dezembro de 2008
The Beeng of Braseel
Nasceu em 1921, chamaram-lhe Farnésio Dutra e Silva, mas ficou conhecido por Dick Farney. Estudou piano, aprendeu a cantar e tornou-se crooner. Galã e charmoso, apaixonado pela música norte-americana, foi para os Estados Unidos em busca dos seus ídolos - Bing Crosby, Nat King Cole e Frank Sinatra.
Aos 17 anos, Dick Farney era pianista de jazz no Rio de Janeiro. Uma noite, depois de o ouvir, a mãe disse-lhe para esquecer o piano. E foi assim que, graças à sua fantástica voz de barítono, nasceu "the Beeng of Braseel".
Apesar de ser conhecido sobretudo por canções tão deliciosas como Marina, Tereza da Praia ou Copacabana (crédito lhe é devido por ser, também ele, um dos precursores da bossa nova), deixou igualmente gravações em "piano trio".
Não são interpretações excepcionais. São, no entanto, pedaços importantes para se perceber o todo acerca de um dos nomes grandes da música popular brasileira.
Afinal, o jovem Dick não seguiu à letra o conselho da mãe. Do álbum "Concerto de Jazz ao Vivo", de 1973, "Someday My Prince Will Come".
Aos 17 anos, Dick Farney era pianista de jazz no Rio de Janeiro. Uma noite, depois de o ouvir, a mãe disse-lhe para esquecer o piano. E foi assim que, graças à sua fantástica voz de barítono, nasceu "the Beeng of Braseel".
Apesar de ser conhecido sobretudo por canções tão deliciosas como Marina, Tereza da Praia ou Copacabana (crédito lhe é devido por ser, também ele, um dos precursores da bossa nova), deixou igualmente gravações em "piano trio".
Não são interpretações excepcionais. São, no entanto, pedaços importantes para se perceber o todo acerca de um dos nomes grandes da música popular brasileira.
Afinal, o jovem Dick não seguiu à letra o conselho da mãe. Do álbum "Concerto de Jazz ao Vivo", de 1973, "Someday My Prince Will Come".
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Sonetos de separação e de fidelidade
Chegou-me hoje, finalmente, às mãos. Ansiei por ter este DVD - "Vinicius", documentário de Miguel Faria Jr. - assim que soube que ele existia. Vinicius foi, pela maneira como o foi e por aquilo que nos deixou, uma referência que, para mim, quase se transformou em mito.
O soneto, esse, memorizei-o há muito e disse-o baixinho muitas vezes. Como eu não sei dizer poesia nem sei nada de poesia, gosto mais de ver outros a dizer a poesia de que eu gosto.
Mas continuo a saber de cor o soneto, este e o da fidelidade. Duas faces de uma moeda. É bom saber os dois, às vezes precisamos de um deles.
E Camila Morgado, que eu não conhecia, como fica bem a chorar, ao dizê-lo!
Ah, e tem os dois sonetos, este DVD. Para o caso de precisarmos de um deles...
O soneto, esse, memorizei-o há muito e disse-o baixinho muitas vezes. Como eu não sei dizer poesia nem sei nada de poesia, gosto mais de ver outros a dizer a poesia de que eu gosto.
Mas continuo a saber de cor o soneto, este e o da fidelidade. Duas faces de uma moeda. É bom saber os dois, às vezes precisamos de um deles.
E Camila Morgado, que eu não conhecia, como fica bem a chorar, ao dizê-lo!
Ah, e tem os dois sonetos, este DVD. Para o caso de precisarmos de um deles...
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Voices On The Dark Side
Stephanie Lewin: soprano
Jennifer Feucht: soprano
Melissa Smithson: alto
Jon Krivitzky: tenor
Michael Mahler: tenor
Chris Feucht: tenor
Alan Schmuckler: baritone
Dan Riley: bass
Freddie Feldman: vocal percussion
Speakers: Jill Feldman, Marty Gasper, Bill Hare, Tzvia Krivitzky, Mike Mendyke, Jonathan Minkoff, Diana Preisler, Deke Sharon
"Nominated for Best Album, Contemporary A Cappella Recording Award (CARA) 2006."
"'Dark Side of the Moon' done a capella. No instruments, no drums. Just voices."
Pois, foi neste ponto que comecei a duvidar. Será possível? Não! Mas afinal... sim, é isso mesmo, o "Dark Side of the Moon"... a capella!!!
"'Dark Side of the Moon A Cappella' is an all-vocal version of Pink Floyd's magnum opus 'Dark Side of the Moon.' No instruments were used in the recording of this unique version of the album. Eight singers and one 'vocal percussionist' (similar to a beatboxer) recreate the original work in its entirety."
Um grupo montado por um produtor - Freddie Feldman - exclusivamente para a gravação de um (1) disco. Voices On The Dark Side reproduziram integralmente um dos mais elaborados, melhor produzidos, mais emblemáticos e mais vendidos álbuns da história da música!
Enfim, uma tarefa monumental e um resultado absolutamente soberbo! O álbum reproduz fielmente o alinhamento, a continuidade e o timing do original.
Sim, bem sei que existem grupos mais perfeitos e o original é incomparavelmente melhor. Mas o trabalho que aqui está é imenso e, tanto quanto sei, único.
Ah, e já agora, outro fenómeno/mito curioso, este.
"The album was recorded in High Definition, without breaks between the tracks (as in the original), and is as close to the original in timing as possible, thus preserving its 'Wizard of Oz Compatibility.'"
Ele há cada uma!
Jennifer Feucht: soprano
Melissa Smithson: alto
Jon Krivitzky: tenor
Michael Mahler: tenor
Chris Feucht: tenor
Alan Schmuckler: baritone
Dan Riley: bass
Freddie Feldman: vocal percussion
Speakers: Jill Feldman, Marty Gasper, Bill Hare, Tzvia Krivitzky, Mike Mendyke, Jonathan Minkoff, Diana Preisler, Deke Sharon
"Nominated for Best Album, Contemporary A Cappella Recording Award (CARA) 2006."
"'Dark Side of the Moon' done a capella. No instruments, no drums. Just voices."
Pois, foi neste ponto que comecei a duvidar. Será possível? Não! Mas afinal... sim, é isso mesmo, o "Dark Side of the Moon"... a capella!!!
"'Dark Side of the Moon A Cappella' is an all-vocal version of Pink Floyd's magnum opus 'Dark Side of the Moon.' No instruments were used in the recording of this unique version of the album. Eight singers and one 'vocal percussionist' (similar to a beatboxer) recreate the original work in its entirety."
Um grupo montado por um produtor - Freddie Feldman - exclusivamente para a gravação de um (1) disco. Voices On The Dark Side reproduziram integralmente um dos mais elaborados, melhor produzidos, mais emblemáticos e mais vendidos álbuns da história da música!
Enfim, uma tarefa monumental e um resultado absolutamente soberbo! O álbum reproduz fielmente o alinhamento, a continuidade e o timing do original.
Sim, bem sei que existem grupos mais perfeitos e o original é incomparavelmente melhor. Mas o trabalho que aqui está é imenso e, tanto quanto sei, único.
Ah, e já agora, outro fenómeno/mito curioso, este.
"The album was recorded in High Definition, without breaks between the tracks (as in the original), and is as close to the original in timing as possible, thus preserving its 'Wizard of Oz Compatibility.'"
Ele há cada uma!
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sábado, 6 de dezembro de 2008
À Volta dos Livros - História dos Portugueses na Etiópia (1490-1640)
Agora dei nisto, em ter amigos que escrevem livros. Ele é romances, ele é teses sobre BD, sobre a pesca do bacalhau durante o Estado Novo, histórias dos Portugueses na América, na Etiópia, eu sei lá!
Fica-lhes muito bem, mas a quem fica ainda melhor é a mim!
Esta malta estudava tanto, tanto, mas mesmo tanto (eu lembro-me, então não lembro...) que depois dão-se a luxos destes. Ui, se estudávamos... entre tostas de galinha na Leitaria do Raúl e os finos no Piolho... iiiisso é que a malta estudava!
Agora até vão para a Antena 1 falar com a Ana Aranha. Isto, de eu me dar com intelectuais, isto é que é vida!
História dos Portugueses na Etiópia (1490-1640) de Pedro Mota Curto
Fica-lhes muito bem, mas a quem fica ainda melhor é a mim!
Esta malta estudava tanto, tanto, mas mesmo tanto (eu lembro-me, então não lembro...) que depois dão-se a luxos destes. Ui, se estudávamos... entre tostas de galinha na Leitaria do Raúl e os finos no Piolho... iiiisso é que a malta estudava!
Agora até vão para a Antena 1 falar com a Ana Aranha. Isto, de eu me dar com intelectuais, isto é que é vida!
História dos Portugueses na Etiópia (1490-1640) de Pedro Mota Curto
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Antes que chegue o Inverno
Uma vez mais, "Aquela que sempre foi uma das minhas músicas preferidas, das que eu levaria no ipod, se tivesse de sair de repente para outra vida."
Do novo álbum de Eliane Elias (de quem eu há algum tempo não gostava assim tanto e que agora não me canso de ouvir), mais uma réstea de Verão, antes que chegue o Inverno.
Eliane Elias: voz e piano; Oscar Castro Neves: viola acústica; Marc Johnson: contrabaixo; Paulo Braga: bateria; Toots Thielemans: harmónica
Do novo álbum de Eliane Elias (de quem eu há algum tempo não gostava assim tanto e que agora não me canso de ouvir), mais uma réstea de Verão, antes que chegue o Inverno.
Eliane Elias: voz e piano; Oscar Castro Neves: viola acústica; Marc Johnson: contrabaixo; Paulo Braga: bateria; Toots Thielemans: harmónica
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
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